Psicologia Aplicada

 

- Conceito amplo que se refere a uma intervenção da psicologia em vários contextos e instituições sociais.

Áreas de Investigação da Psicologia:

   + NEUROPSICOLOGIA: aborda os fundamentos biológicos do comportamento e dos processos mentais.

   + PSICOLOGIA SOCIAL: processos de interação entre os indivíduos e os grupos.

   + PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO: diferentes fases e processos de desenvolvimento.

   + PSICOLOGIA COGNITIVA: estuda os processos mentais.

   + PSICOPATOLOGIA: perturbações mentais e disfunções.

   + PSICOLINGUÍSTICA: problemas na aquisição e utilização da língua materna.

 

Diferenças entre adaptação e autonomia

As práticas de intervenção psicológica: têm por objetivo a facilitação da adaptação do sujeito aos seus contextos de vida. Direcionam-se no sentido da promoção da autonomia do indivíduo, respeitando as suas escolhas e decisões.

Adaptação - alteração da estrutura ou do comportamento que possibilita que o sujeito responda de modo mais eficaz e ajustado ao meio ambiente.

Autonomia - aptidão ou competência para gerir sua própria vida, valendo-se de seus próprios meios, vontades e/ou princípios.

Para Kant, autonomia é a faculdade do ser humano de se autogovernar de acordo com seus padrões de conduta moral sem que haja influência de outros aspetos exteriores (sentimentos, repressões etc).

 

Orientação Vocacional e Profissional

A orientação vocacional e profissional deve ser um processo a acompanhar o trajeto escolar, intelectual e emocional dos jovens e não um recurso de última hora, quando estão prestes a enveredar por uma profissão ou um curso superior. Porém, é nestas ocasiões que mais se sentem inquietos quanto à carreira a seguir e que os pais se interrogam quanto ao futuro profissional dos filhos.

Hoje em dia, uma das tarefas mais importantes da orientação vocacional e profissional é consciencializar os jovens das alterações que ocorrem no mundo e na vida, e da necessidade que as pessoas têm de ser flexíveis em termos de reorganização do futuro. No mundo atual, nada é definitivo; não há empregos fixos, carecendo de garantia de continuidade. Aprender, reaprender, estabelecer novas metas, estar disposto a mudar, estar disponível para recomeçar são competências cruciais para a adaptação a uma sociedade em que aquilo que existe de mais estável é a sua eterna mudança.

 

Prevenção e remediação

A ação dos psicólogos dá‐se em duas componentes interventivas:

+ podem agir de forma a mudar uma situação problemática  que já existe - a remediação;

+ podem agir de forma a mudar o possível curso  problemático de um estado de coisas, de modo a prevenir  o surgimento de problemas futuros - a prevenção.

A prevenção distinguem‐se: prevenção primária, secundária e terciária que têm diferentes objetivos.

PREVENÇÃO CENTRADA NA SITUAÇÃO

Prevenção centrada na situação olha para os fatores causadores de stress ou perturbação que existem na relação de uma determinada pessoa consigo mesma, com os outros ou com os seus contextos de vida.

PREVENÇÃO CENTRADA NAS COMPETÊNCIAS

A prevenção centrada nas competências procura fazer com que os indivíduos passem a possuir determinadas características e capacidades que os ajudarão a lidar com as situações potencialmente problemáticas que poderão encontrar na sua vida.  

 

 

Promoção do desenvolvimento

Agir sobre os contextos e situações de maneira a torná‐los potenciadores de bem-estar e saúde mental. Promover capacidades e modos de ser e estar que tornem as pessoas mais aptas para resolverem os seus problemas mais capazes de enfrentarem de uma forma positiva as situações com que se confrontam. O desenvolvimento humano conduz a uma maior integração das experiências vividas, a uma maior possibilidade de compreender o que se passa e de encontrar significados para as suas ações. A promoção de desenvolvimento é a melhor maneira de evitar não só o aparecimento de distúrbios mentais e comportamentais nas pessoas.
 

 

Psicanalista

O psicanalista é o profissional que possui uma formação em psicanálise, método terapêutico criado pelo médico austríaco Sigmund Freud, que consiste na interpretação dos conteúdos inconscientes de palavras, ações e produções imaginárias de uma pessoa, baseada nas associações livres e na transferência. Segundo a instituição formadora, o psicanalista pode ter formação em diferentes áreas de ensino superior.

 

Psicologia Clínica

Psicologia clinica é uma das subáreas de atuação da psicologia que se destina a investigar e a intervir no âmbito da saúde mental.

 

Psicólogo Clínico

Psicólogo clínico é aquele que possui a especificidade de aperfeiçoar aspetos interpessoais e intrapessoais, além dos aspetos relacionados à história de vida do paciente. A ação desse profissional é requerida em situações de crise individual ou grupal, ou quando sucedem perturbações de comportamento ou personalidade.

 
 
Imagem ilustradora do trabalho desempenhado por um psicólogo clínico

 

 

Psicologia Criminal/Forense

A psicologia criminal dedica-se, sobretudo, ao estudo do crime e de todos os protagonistas que estão relacionados com o desvio e a transgressão. Procura identificar as causas que conduzem aos comportamentos desviantes e transgressores, os mecanismos que os desencadeiam e os efeitos sociais desses comportamentos. A presença do psicólogo criminal tem como objetivo modificar as interpretações mais esquemáticas e redutoras dos comportamentos genericamente designados por comportamentos criminosos. A psicologia criminal é uma área que se relaciona com o sistema de justiça e que faz a confluência entre o direito e psicologia. A atitude face ao comportamento humano destas duas áreas é efetivamente distinta: o objeto de estudo da psicologia é o comportamento humano e os estados mentais, enquanto o do direito é a norma jurídica. A psicologia estuda o comportamento humano como ele é e por isso que é uma ciência do "ser". O direito procura disciplinar o comportamento humano e por isso se diz que é uma área que estabelece o "dever ser". O direito tem de distinguir o que é lícito e ilícito, o que é "normal" e "anormal", tendo por referência as normas jurídicas estabelecidas pela sociedade; a psicologia encara o "normal" e "anormal" numa outra perspetival, pondo inclusivamente reservas a esta classificação no interior da sua própria área de atuação. A psicologia criminal, em particular, tem procurado compreender as relações complexas entre os comportamentos transgressores, as suas causas, os seus contextos, bem como os efeitos que têm sobre a sociedade.

 

 

Psicologia Desportiva

A Psicologia do Desporto encara-se como uma das áreas de intervenção da Psicologia, onde a sua ênfase assenta nas diferentes dimensões psicológicas do comportamento humano, como sendo afetivas, cognitivas e motivacionais. Têm sido notórios os avanços que este ramo da psicologia aplicada tem mostrado, devido à crescente necessidade de ter alguém que acompanhe psicologicamente a comunidade desportiva de modo a proporcionar maior rendimento competitivo.

A psicologia desportiva tem como função analisar e perceber comportamentos e mentalidade dos em situação de prática desportiva (a ansiedade, a angústia, a concentração, o stress, a fadiga, o perder e o ganhar, a sorte e o azar, o espírito de sacrifício...); O objetivo centra-se em otimizar o rendimento desportivo e o bem-estar físico e psicológico.

 

 

Psicologia do Trabalho e das Organizações

A psicologia do trabalho é uma subdisciplina da psicologia que se dedica ao estudo, à conceção, à avaliação e à reestruturação das atividades de trabalho. Próxima à psicologia do trabalho encontra-se a psicologia organizacional ou das organizações, que se dedica, sobretudo, ao estudo dos aspetos organizacionais de firmas e empresas. Devido à grande proximidade entre as duas áreas, elas são muitas vezes tratadas conjuntamente sob a designação de psicologia do trabalho e das organizações.

A psicologia do trabalho e das organizações divide a sua reflexão em três domínios: a psicologia do pessoal, psicologia do trabalho e psicologia das organizações. 

 

 

Psicologia Educacional

Psicologia Educacional é a área da psicologia que aborda todas as problemáticas referentes à educação e aos processos de ensino e aprendizagem nas crianças e adultos.

Cruza-se assim frequentemente com a Psicologia de Desenvolvimento, que procura compreender o que se desenvolve e o modo como tal acontece, desde a conceção até à morte.

A Psicologia Educacional busca incessantemente respostas para questões tais como: quais os mecanismos de aprendizagem promotores de desenvolvimento? Quais as metodologias educacionais mais eficazes? E qual o contexto escolar mais eficiente? A sua abrangente consideração estende-se da especificidade do indivíduo até à política institucional por ele frequentada.

 

 

Psicoterapeuta

As psicoterapias visam atuar sobre o comportamento e o psiquismo quando se manifestam conflitos de vária ordem que perturbam as interações das pessoas com os outros e com o mundo. São várias as modalidades de terapias, estando relacionadas com fundamentos teóricos diferentes sobre o psiquismo humano. Podem‐se referir: a psicanálise, terapias psicocorporais, terapias cognitivo‐comportamentais, psicoterapias da comunicação, as terapias sistémicas, as terapias humanistas. As modalidades práticas variam a psicoterapia pode ser individual (relação terapeuta/cliente) e pode ser em grupo (desenrola‐se em contexto do grupo). As terapias podem ser longas ou breves.

 

 

Psiquiatra

O psiquiatra é um profissional da medicina que após ter concluído sua formação, opta pela especialização em psiquiatria. Esta é realizada em 2 ou 3 anos e abrange estudos em neurologia, psicofarmacologia e treinamento específico para diferentes modalidades de atendimento, tendo por objetivo tratar as doenças mentais. Ele é apto a prescrever medicamentos, habilidade não designada ao psicólogo. Em alguns casos, a psicoterapia e o tratamento psiquiátrico devem ser aliados.